quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Os óleos e suas caracteristicas


Hoje vamos abordar um assunto que parece simples mas acredite não é, sempre que vamos fazer uma receita de sabão ou quando queremos criar uma receita personalizada quase sempre recorremos a uma calculadora de soda e colocamos nossos óleos prediletos, isso quando não colocamos o que temos ou pior ainda quando resolvemos misturar os óleos sem conhecer suas propriedades ou qual o percentual indicado do óleo escolhido para a recita. 

Pois bem hoje vamos apresentar alguns óleos e suas propriedades, indicações de percentuais para uso e algumas de suas características. Desta forma poderemos escolher os óleos que comporão nossas receitas com uma visão mais ampla do que cada óleo tem a nos oferecer e assim fazer escolhas mais assertivas. 


O que escrevemos a seguir foi fruto de pesquisas em vários sites, blogs e fichas técnicas de fabricantes, por isso acredito que os dados estejam corretos. 

Óleo de semente de damasco 
Óleo de semente de damasco é um óleo leve que é semelhante ao óleo de amêndoa, na sua composição de ácidos gordos. Ele é absorvido pela pele facilmente é um óleo de condicionamento muito bom e vai trazer qualidades luxuosas para o sabão. 
Sua concentração não deve ser superior a 10%. 


Óleo de Amêndoa Doce 
Um óleo hidratante encantador que é muito leve e bem absorvido pela pele. No sabão produz uma espuma baixa e estável. Por ser um óleo muito soft é muito bom em loções. Óleos de banho e bases para massagem 
Sua concentração não deve ser superior a 10%. 


Óleo de abacate 
O Óleo de abacate é um óleo pesado, verde, promove uma hidratante rica, que tem uma elevada percentagem de insaponificável (as porções do óleo que não reajam com a solução cáustica, para formar o sabão), de modo que é um bom óleo para superfat (sobre gordura). É frequentemente usado em receitas de sabão para pessoas com pele sensível. Na pele, promove uma hidratação rica em vitaminas A, D e E, o que é excelente para a pele e lhe dá uma vida saudável mais longa. 
Sua concentração não deve ser superior a 30%. 


Óleo de Babaçu 
Babaçu vem das sementes da palmeira babaçu. A sua composição de ácidos gordos é muito semelhante ao de semente de palma e óleo de coco. É rico em ácido láurico e mirístico, que contribuem para uma espuma macia e agradável. 
Sua concentração pode ser superior a 50% em certos casos, mas normalmente se usa uma concentração de até 40% 

Óleo de Canola 
Canola, uma espécie de colza, é um óleo bom e tem um custo benefício muito bomica para a fabricação de sabão - você pode usa-lo para substituir uma parte do azeite de oliva. Ele dá um agradável, espuma, baixo cremosa e é hidratante. 
Sua concentração deve ser entre 5 e 15% 

DICA / Este óleo retarda a velocidade com que o seu sabão vai começar a tracar, por isso é um bom óleo para adicionar a sua receita se você quer fazer redemoinhos complicados ou misturar cores. 


Òleo de Mamona (Ricino)
É um óleo grosso que tem uma composição de ácidos graxos que é completamente original, este óleo ajuda a aumentar a espuma do sabão e resulta em uma espuma rica e cremosa. É também um óleo muito umectante (aumenta a umidade de sua pele). 
Sua concentração não deve ser superior a 10%. 


Óleo de coco
O óleo de coco é um dos óleos base que os Saboeiros usam em suas receitas de sabão. Da ao sabão uma espuma bem borbulhante e em grande quantidade. Outra característica deste óleo é a dureza e a cor clara que ele dá a sua barra de sabão. È um óleo que promove limpeza e retira a oleosidade da pele 

Sua concentração não deve ser superior a 30% ou pode ressecar peles mais sensíveis para amenizar este efeito pode ser combinada com uma manteiga de cacau ou karité. 


Óleo de milho 
Não é um óleo muito usado pelos saboeiros (Não há nada de errado com ele, há apenas óleos melhores com preços similares para serem usados). Ele age como a maioria dos outros óleos vegetais líquidos, como soja ou canola. Alguns fabricantes de sabão optam por não usá-lo por medo de afetar pessoas com alergias ao milho. Fora isso, ele pode ser usado como parte de sua receita. Sua utilização resulta em um sabão hidratante com uma espuma muito estável. 
Sua concentração não deve ser superior a 15%. 


Óleo de algodão 
Este é outro óleo base nas receitas de muitos saboeiros. Mas se você já usou "Crisco" ou gordura vegetal então você já usou uma quantidade deste óleo sem nem saber! Pois estas gorduras tem em sua composição uma parte de óleo de algodão. Este óleo contribui para que seu sabão tenha uma espuma cremosa e muito hidratante. 
Óleo de algodão ficou um pouco mal visto por alguns saboeiros devido a relatos de uso de pesticidas em culturas de algodão. Mas se optar pelo uso deste óleo terá como resultado um belo sabão 
Sua concentração não deve ser superior a 40%. 

Óleo de semente de uva 
Óleo de semente de uva é um óleo hidratante leve, que é um bom aditivo para o sabão em pequenas quantidades. Ele não tem uma vida útil longa, a menos que você venha a tratá-lo com extrato de alecrim oleoresina. Resulta em um sabão adorável e muito hidratante. 
Sua concentração não deve ser superior a 5%. 

Óleo de Avelã 
Óleo de avelã é um excelente hidratante em cremes e loções, mas tem uma vida útil curta (3-4 meses). Se você deseja adicioná-lo ao sabão, não é recomendado o uso de grandes quantidades. 
Sua concentração não deve ser superior a 10%. 

Óleo de semente de cânhamo 
Óleo de semente de cânhamo tem uma cor verde escuro e aroma característico, mas não tem cheiro de maconha, nem de nenhum dos efeitos que a maconha tem, mas, de fato, vêm da semente da planta de cannabis. É realmente adorável em cremes assim como em sabões. Ela contribui com luminosidade e uma espuma cremosa e muito sedosa. Mas devido à sua composição de ácidos gordos, que tem uma vida útil muito curta (menos de seis meses) por isso devem ser refrigeradas ou mesmo guardado no congelador. Tratando-o com extrato de alecrim oleoresina é uma boa opção para ter um aditivo exótico em seu sabão 
Sua concentração não deve ser superior a 15%. 

Óleo de jojoba 
Jojoba na verdade uma cera líquida, que é muito semelhante ao sebo (de origem animal), na sua composição química. Ele contribui para o sabão com uma espuma estável e muito agradável  além de uma notável qualidade hidratante. e ao contrário de alguns dos outros óleos hidratantes considerados como de luxo, tem uma vida útil muito longa de 1 a 2 anos. Mas tome cuidado pois este óleo tende a tornas o traço mais rápido o que torna seu uso mais complicado se for usar uma essência ou óleos essenciais mais temperamentais ou se queira dar efeito de cores como redemoinhos ou marmorizados. 
Sua concentração não deve ser superior a 10%. 

Kukui Nut Oil 
Um óleo de castanha líquido e muito rico, nativo do Havaí, seu uso resulta uma espuma cremosa e muito estável no sabão, além de ser bem hidratante. É u, balsamo absorvido rapidamente pela pele. Tem fama de remover ACNE, ECZEMA e PSORÍASE. Assim como os outros óleos considerados especiais ou de luxo não é recomendado seu uso em grandes quantidades. 
Sua concentração não deve ser superior a 10%. 

Óleo de Macadâmia 
Óleo de macadâmia é um óleo leve, com um odor de noz suave. Ela é única em sua composição de ácidos graxos na medida em que contém ácido palmitoléico - o que facilita sua absorção pela pele, muito indicado para peles maduras e ressecadas. 
Sua concentração não deve ser superior a 10%. 

Óleo de Neem 
O óleo de Neem é extraído da casca da árvore neem. Ela está crescendo em popularidade junto aos saboeiros devido a sua ação antisséptica, anti-fungos além de ser um repelente natural. 

Existe um fabricante de sabão que usa óleo de nim a cerca de 25% da receita e os envia para os soldados no Oriente Médio para repelir moscas de areia. 

Também é ótimo para o tratamento de doenças da pele como o pé de atleta. O cheiro de nim é muito forte, tem cheiro de terra e leva algum tempo para se acostumar. Mas ele não fica muito forte no sabão, e combina bem com outros aromas terrosos. 
Sua concentração não deve ser superior a 25%. 


Azeite de Oliva 
Resultado da primeira prensagem das azeitonas. O óleo refinado, ou óleo de Grau A (em geral, o melhor grau de sabão) vem da segunda pressão, e é ligeiramente refinado / filtrado. 100% de azeite faz o famoso Sabão de Castela ou Sabão de Marcelha que deve conter pelo menos 72% de óleo de oliva. O azeite é geralmente o óleo mais usados nas receitas da maioria dos saboeiros e por uma boa razão. Sabonetes de óleo de oliva são muito hidratante, e fazem um sabão rígido e branco (embora a utilização de grandes quantidades deste óleos demorem mais tempo para curar) e são excepcionalmente suave. Mas a espuma se mostra em menor quantidade e o sabão fica um pouco viscoso. A maioria dos fabricantes de sabão combinam o azeite de oliva com outros óleos para melhorar a espuma. 

Azeite, Bagaço 
O azeite de oliva é mais um dos óleos bases numa receita de sabão, um óleo grosso e verde escuro, é obtido através de extração por solvente do fruto e caroços das azeitonas -. Ele tem um nível muito elevado de óleo insaponificável (as porções do óleo que não reajam com a solução cáustica, para formar o sabão.) Isso fará com que o seu traço seja alcançado mais rápida. Como todo azeite, resulta em um sabão muito agradável, hidratante e suave quando combinado com outros óleos. 
Sua concentração pode ser de até 100% 


Óleo de palma 
Óleo de palma, juntamente com azeite e com coco, são alguns dos melhores óleos utilizados hoje por fabricantes de sabão. Isso ocorre por causa das qualidades que estes três óleos dão ao sabão, são muitas vezes chamados de "sebo vegetal" na medida em que dá as mesmas qualidades do sebo bovino ao sabão. Resulta sempre em barra dura com uma espuma rica e cremosa. Faz parte da base de quase todo sabonete, combinado com outros óleos como o coco, azeite e mamona, faz uma barra de sabão maravilhosa. 
Pode se usar uma concentração de até 40%


Óleo de palmiste 
Embora seja oriundo da mesma planta do óleo de palma, são ósseos bastantes diferentes o óleo de palmiste é quase idêntico ao óleo de coco nas suas propriedades resultando em uma barra de sabão dura e branca e com muita espuma. O óleo de palmiste é frequentemente encontrado parcialmente hidrogenado, é um óleo fácil de manusear 
Pode se usar uma concentração de até 40% 

Óleo de Semente de Abobora
Óleo de semente de abóbora é um óleo rico e cheio de vitamina com propriedades antioxidantes abundantes. Ele contém ómega-3 e ómega-6 ácidos gordos, assim como as vitaminas A, C, E, e zinco. Nas propriedades ácido graxo é mais semelhante ao óleo de soja e óleo de girassol, e contribuirá com as mesmas qualidades destes óleos a barra de sabão resultando em um sabão com espuma densa e bom condicionamento É considerado um óleo SUPER PREMIUM pelas qualidades e indicações para produtos que precisam de cuidados especiais para pele. 

Óleo de farelo de arroz 
Este óleo é extraído da casca do arroz, os fabricantes de sabão descobriram que o óleo de farelo de arroz tem praticamente as mesmas qualidades do azeite de oliva, as mesmas características hidratantes, de cremosidade que o azeite conferem aos seus sabonetes, mas a um preço mais em conta. Além de ter os mesmos antioxidantes e vitaminas que tem o óleo de oliva. Sua única desvantagem é sua durabilidade que é muito curta (em media seis meses ou um pouco mais). 
Óleo de cártamo 

Óleo de vida útil bastante curta, têm sido muito negligenciada nas receitas de sabão. Se você tem este óleo na mão, certamente você pode usá-lo em suas receitas, como você faria soja, canola ou girassol. Proporciona uma hidratação mais leve. 
Pode se usar uma concentração de até 15% 

Óleo de semente de gergelim 
Como o óleo de nim, o óleo de gergelim tem um cheiro característico que deve ser tratado se usado em uma alta porcentagem de seu sabão. Resulta em um sabão hidratante e de bom condicionamento. Rico em antioxidantes e vitaminas, por isso também é bom em cremes, bálsamos e óleos de massagem. 
Pode se usar uma concentração de até 15% 

Óleo de Karité 
Óleo de karité, ou karité líquido ou mesmo manteiga de karité é um dos óleos de luxo mais populares atualmente. É muito hidratante na banheira, mas pode ser um pouco oleosa para algumas pessoas. 
Pode se usar uma concentração de até 25% (há quem use mais) 


Óleo de soja líquido 
Óleo de soja, óleo de canola como o cártamo e girassol, é frequentemente utilizado como parte da receita de quase todo sabão sempre em combinação com outros óleos, como os óleos de coco, azeite e palma. É hidratante, leve e dá uma espuma muito cremosa. Como o óleo de soja é bastante barato em relação a outros óleos, muitos fabricantes irão utilizar o óleo de soja como uma parte de suas receitas para reduzir o custo global dos lotes de seus sabões. 
Pode se usar uma concentração de até 15% 

Óleo de soja hidrogenado 
Óleo de soja, na sua forma hidrogenada é geralmente chamado de gordura vegetal e vendido com nomes genéricos, é geralmente uma mistura de óleo de soja e óleo de algodão, e resulta em um sabão bastante agradável. Como todos os óleos, exceto de oliva, não é um óleo para se usar sozinho, mas combinando com azeite e coco faz uma barra muito hidratante, estável e com muitas bolhas em sua espuma. 

Todas as receitas de sabão do livro Sandy Maine, (O Livro do Sabão) são feitas com gordura vegetal 44% (Óleo de soja hidrojenado), 28% de coco e 28% de azeite. 

Óleo de Girassol 
Funciona em conjunto com óleos de palma e azeite, faz um sabão muito agradavel, com espuma abundante e cremosa, este óleo é muito hidratante. Dependendo do tipo óleo pode ter um prazo de validade curto devido à sua composição de ácidos gordos. Pode-se adicionar um pouco de extrato de alecrim oleoresina ao óleo ou ao lote. 
Pode se usar uma concentração de até 25% 

Óleo de gérme de trigo 
Óleo de gérme de trigo é um óleo espesso de cor âmbar que é muito rico em vitamina E, portanto, é antioxidante e muito estável na prateleira. É um pouco pegajoso e por isso deve ser usado em pequenas quantidades. 
Pode se usar uma concentração de até 15% 

Acho que por hoje é isso.

Aproveite e teste alguns desses óleos em suas receitas e tire o melhor que cada um deles têm a lhe oferecer, assim poderá ter uma barra de sabão com características super personalizada , espero ter ajudado! 

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Teste de uso Lote #8

Hoje testamos o Lote #8, sabonete de chá verde a única diferença do Lote #7 foi que não substituímos a água por chá na solução cáustica conseguindo assim a cor que esperávamos.


Este sabonete foi fabricado com nossa receita básica ( Oliva / Palma / Palmiste / Mamona / Estearina ), teve como aditivo chá verde em forma de infusão no azeite de oliva, usamos esta infusão por três motivos:

PRIMEIRO - Obter cor de forma natural sem utilização de corantes;
SEGUNDO - Obter uma base esfoliante natural proveniente dos resíduos de chá verde presentes na infusão
TERCEIRO - Tentar capturar o aroma delicado do chá verde além de suas propriedades naturais.



Devo registrar que conseguimos a coloração verde claro, que queríamos a principio e não foi alcançada no teste anterior (Lote#7, que ficou muito escura por ter o chá no lugar da água na solução cáustica) e a base esfoliante continuou a mesma e não nos preocupamos com o aroma, nos concentramos na correção da coloração, testes são para isso mesmo identificar as falhas e corrigi-las sempre que possível.


Conseguimos um sabonete muito bom com espuma abundante e cremosa, presença de bolhas, poder de limpeza e hidratação equilibrados. Os registros falam por mim, basta conferir.





Vamos as considerações:

TESTE VISUAL: O teste visual foi um dos destaques, nosso sabonete ficou parecendo uma pequena rocha, um pedaço de granito, a cor chegou onde queríamos apesar de ter clareado um pouco durante a cura e o formato continua me agradando muito.

TESTE FÍSICO: Repetimos a nossa formula base, assim continuamos com um sabonete rígido, resistente a água (isso devido aos nossos óleos duros), no banho faz espuma facilmente e em grande quantidade. A única ressalva é em relação as partículas de chá verde presentes neste teste que podem ser menores e assim proporcionar uma esfoliação mais suave ( mas a quem goste de uma esfoliação mais profunda, neste caso deixaria como esta).

TESTE OLFATIVO: Assim como o anterior não esta como queríamos  pode melhorar muito, mas foquei na correção da cor, por isso o teste olfativo (neste caso) é relevante.

TESTE DE USO: Usamos nosso sabonete por cinco ou seis banhos antes de escrever este relado, e tenho certeza de que este sabonete será um dos destaques de nossa produção. Mais uma vez a quantidade e a cremosidade da espuma impressionam, da pra sentir a esfoliação profunda que ele proporciona, seria um sabonete para ser usado uma ou duas vezes na semana, não mais que isso! o aroma ficou imperceptível  mas não era o foco deste teste. Recomendo sem medo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Vamos produzir este sabonete, só falta escolher o aroma. O norte esta mais claro e estamos indo na direção certa, vamos testar em breve outros sabonetes também esfoliantes mas creio que este tem seu lugar garantido em nosso mix de produtos.

Acho que por hoje é isso, em breve estaremos trazendo outras novidades.

Para ver o teste de fabricação deste sabonete Clique Aqui.



sábado, 23 de fevereiro de 2013

teste de uso Lote #7

Hoje testamos o Lote #7, sabonete de chá verde com substituição da água por chá na solução cáustica. 

Este sabonete foi fabricado com nossa receita básica ( Oliva / Palma / Palmiste / Mamona / Estearina ), teve como aditivo chá verde em forma de infusão no azeite de oliva e  em forma de chá substituindo a água na solução cáustica, usamos esta infusão por três motivos: 

PRIMEIRO - Obter cor de forma natural sem utilização de corantes;
SEGUNDO - Obter uma base esfoliante natural proveniente dos resíduos de chá verde presentes na infusão TERCEIRO - Tentar capturar o aroma delicado do chá verde além de suas propriedades naturais.

Devo registrar que a coloração não ficou como imaginamos, queríamos um verde claro e nossa massa esta um verde oliva (devido a adição do chá no lugar da água na solução cáustica), conseguimos também a base esfoliante com pequenos fragmentos do próprio chá verde que estava na infusão, mas o aroma não conseguimos manter nem de longe (risos), testes são para isso mesmo, outra ponto a ser revisto é base que usamos para esfoliação. Como não filtramos nossa infusão pedaços um pouco maiores do que desejávamos foram inseridos em nossa mistura de óleos e consequentemente resultou em uma esfoliação muito agressiva, no próximo lote devemos filtrar o afeite afim de reter as partículas maiores e só utilizar as partículas pequenas assim teremos uma esfoliação mais suave.



Vamos estudar a possibilidade de um sabonete com esfoliação mais profunda, mas no momento vamos optar por usar o procedimento descrito acima.



Conseguimos um sabonete muito bom com espuma abundante e cremosa, presença de bolhas, poder de limpeza e hidratação equilibrados. Os registros falam por mim, basta conferir.



Vamos as nossas considerações: 

TESTE VISUAL: Nosso pequeno lote sofreu uma pequena mudança na sua coloração durante o processo de cura devido ao processo de secagem, resultando em uma barra um pouco mais clara, mesmo assim ainda fora do que pretendíamos. 

TESTE FÍSICO: Nossos sabonetes apresentam uma dureza excelente, tomamos vários banhos com ele antes de escrever esta postagem e ele se mostrou muito resistente a água, a perda de água na cura foi de aproximadamente 5% após 30 dias.

TESTE OLFATIVO: Não obtivemos os aromas que estavam nos óleos, por isso este sabonete não pode ser avaliado positivamente neste teste, teremos de colocar óleo essencial ou essência quando formos repetir esta receita ou fazer um novo teste.

TESTE DE USO: O tamanho sempre me agradu, não é nem grande nem pequeno, tem uma ótima empunhadura, etc... se mostrou bastante resistente a água durante os vários banhos em que foi testado, fez espuma com grande facilidade, porem achei que sua esfoliação é muito profunda. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS: Mais um teste realizado e novos aprendizados adquiridos, o caminho se torna mais linear e podemos prever que melhoras viram rapidamente com os novos conhecimentos, enfim estamos no caminho certo.

Acho que por hoje seja isso, até a próxima.

Para ver o teste de fabricação deste sabonete Clique Aqui

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Teste de uso Lote #6

Hoje testamos os sabonetes do Lote #6 ( Palma / Palmiste / Estearina / Azeite / Mamona ), neste sabonete  usamos o minimo de corantes e dióxido de titânio para deixa-lo mais branco, para amortiza-lo usamos óleos essenciais de laranja doce e alecrim. 

O resultado foi maravilhoso conseguimos a coloração que desejávamos e o aroma ficou bem suave, podemos aumentar a concentração de óleos essenciais (neste foi usado uma média de 4%). Conseguimos um sabonete muito bom com espuma abundante e cremosa, presença de bolhas, poder de limpeza e hidratação equilibrados.



Vamos as nossas considerações:

TESTE VISUAL: Nosso pequeno lote não sofreu muita mudança na sua coloração durante o processo de cura devido ao uso de dióxido de titânio, resultando em uma barra bem clara de sabão.

TESTE FÍSICO: Nossos sabonetes apresentam uma dureza excelente, tomamos vários banhos com ele antes de escrever esta postagem e ele se mostrou muito resistente a água, a perda de água foi de aproximadamente 5% após 30 dias de cura

TESTE OLFATIVO: Este foi o ponto fraco deste teste, usamos uma concentração de 4% de óleos essenciais o que mostrou insuficiente com os aromas escolhidos ( quero deixar uma informação que entendo ser bastante importante, a quantidade de óleos essencial vai depender de qual aroma você escolha, isso porque aromas puros tendem a ser mais suaves que aromas combinados, aromas cítricos não se comportam como aromas florais ou madeirados. Por isso a concentração pode variar de acordo com suas escolhas )  neste caso em especifico creio que devemos usar uma concentração de 6% o que vai deixar seus aroma no ponto certo, mas só poderei afirmar isso fazendo outro teste.

TESTE DE USO: O tamanho todos já sabem que acho perfeito, não é nem grande nem pequeno, tem uma ótima empunhadura, etc... se mostrou bastante resistente a água durante os vários banhos em que foi testado, por ter quinas no inicio do uso pode incomodar um pouco, mas assim que começamos o primeiro banho isso é naturalmente resolvido. Faz espuma com grande facilidade, uma espuma borbulhante e muito cremosa, o aroma é bastante suave e agradável porem pode ser melhorado.

Sente-se a hidratação deste sabonete com muita facilidade, a sensação de limpeza é muito boa, um sabonete muito equilibrado, limpa e hidrata na medida certa. 



Na lavagem do cabelo a quantidade de espuma é enorme, isso termina dando uma sensação maravilhosa e ao final o cabelo não se presentou ressecado ou crespo. Sem sombras de dúvidas aprovadíssimo com ressalva apenas para o aroma, mas sabemos exatamente o que fazer.

por hoje é isso, até a próxima...

Para ver o teste de fabricação deste teste clique aqui

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

HOT PROCESS, uma alternativa interessante para o uso imediato.

Hoje vamos fazer um teste totalmente novo, testaremos uma técnica e não um item. Hoje vamos fazer um sabão usando o processo a quente, esta escolha foi fruto do ultimo teste onde usamos uma essência de morango silvestre e travamos nossa massa. Resolvi então que neste lote farei um processo a quente, onde levaremos nossa massa ao fogo (banho maria) e assim não precisarei me preocupar com possíveis problemas com a adição da nossa essência.

Iniciamos da mesma forma, separamos nossos ingrediente, pesamos e misturamos nossos óleos, separamos essências e aditivos. Não precisamos nos preocupar com a temperatura dos nossos óleos ou mesmo da solução cáustica podem ser misturadas a qualquer temperatura, o traço deve ser mais grosso e não devemos colocar mais nada por enquanto.



A partir deste momento que o processo muda por completo, após atingir um traço grosso levamos nossa mistura ao fogo, forno ou micro ondas, vou descrever o processo de cozimento no fogo (banho maria) que foi o utilizado nesta receita.


Diferente do rebatch, o processo quente não necessita de adição de mais água já que nossa mistura já esta como uma massa maleável  então simplesmente levamos nossa massa ao fogo em banho maria por aproximadamente 60 minutos ao todo (isso vai depender do peso de sua receita, quanto mais pesada mais tempo de cozimento). Durante este tempo acontecera a fase gel, teremos a formação da glicerina, a massa mudará de textura algumas vezes mas, devemos estar sempre mexendo nossa massa afim de ter um cozimento homogênio. (infelizmente não deu para fotografar algumas etapas porque nossa maquina acabou a bateria! hehehe... falha nossa. Mas repetirei este processo e postarei todos os passos assim podemos entender melhor todo o processo)



Neste intervalo separe seus aditivos e a essência que deseja usar, neste processo podemos usar tanto Óleos Essenciais quanto Essência sem problemas. Após o cozimento da massa vamos testar colocar os aditivos escolhidos e após retirarmos uma pequena amostra da massa testaremos seu pH para ver se a soda cáustica foi totalmente neutralizada.


No processo quente a soda é neutralizada e podemos usar o sabonete assim que ele esteja pronto, por isso é importante se medir o pH, após retirar nossa massa do fogo (banho maria) precisamos deixar que ela esfrie para podermos adicionar nossa essência e se for o caso nossos aditivos.

Com a massa abaixo dos 50°c podemos colocar nossa essência ou o óleo essencial  lembre-se de estar sempre mexendo a massa para ter uma pasta homogênea.



Escolha a forma que vai ser utilizada e com a ajuda de uma espatula transfira a massa para sua forma, com a ajuda da espatula sempre empurre sua massa contra o fundo da forma, assim você garantirá que não fiquem espaços vazios.




Depois de transferir toda a massa para a forma precisaremos cobri-la com um filme para dar acabamento na parte superior do nosso sabão, mas se preferir dar um aspecto mais rustico isso não se faz necessário. Após colocar um filma sobre a massa devemos fazer pressão na massa para que a mesma complete qualquer espaço que tenha ficado vazio na forma, depois podemos literalmente alisar nossa massa dando assim um aspecto menos rustico a nossa barra de sabão.


Mesmo neste processo, nosso sabão passa por uma fase gel, ele vai endurecer mais rapidamente na forma e não será preciso nenhum isolamento térmico. Geralmente pode ser desenformado entre 12 e 24h depois de enformado, mas deve descansar entre 3 e 7 dias para perder o excesso de água e se tornar mais resistente a água. Como utilizamos essência nesta receita (Calêndula) podemos sentir todo o perfume que exala de nosso sabão, um aroma envolvente e convidativo de mato verde, terra molhada e flores no orvalho.


Depois de desenformado, fracionamos nossa barra de sabão em três pedaços de aproximadamente 100g cada, neste processo a massa fica mais leve, aerada, resultando em um sabonete mais macio.



O resultado final ficou bom, agora só nos resta esperar um tempo para testarmos seu uso em um belo banho.

Este teste foi feito dia 1 de fevereiro de 2013

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Lote #16 Técnica de Rebatch, saiba fazer pois um dia esta técnica pode salvar seu sabonete.

Mais um teste com essências, estou testando algumas possibilidades e alguns fornecedores, por isso estamos insistindo tanto na utilização de essências, este teste foi muito louco, primeiro por estar fazendo hoje três testes ao mesmo tempo o que postamos anteriormente com argila, este que estamos apresentando agora e um outo que postaremos a seguir todo feito com a técnica HOT PROCESS, quase fiquei maluco!



Mas uma vez a essência mostra como ela é temperamental, é necessário fazer como estamos fazendo, testar uma por uma em lotes pequenos só assim poderemos determinar quais essências poderemos usar ou se for o caso determinar que processo deve ser usado para o uso de determinada essência.



Como foi dito neste teste usamos uma essência de morango silvestre e como aditivo semente de colza (um esfoliante natural) e o resultado foi impressionante, nossa massa virou um sei lá o que! impossibilitando qualquer tipo de manuseio nesta hora é bom já ter passado por isso e pesquisado o que fazer. A reação entre a essência e a massa teve como resultado imediato a mudança da coloração de vermelho para um quase roxo, não houve mudança no aroma, mas a textura passou de liquida para solida em uns 10 segundos, não usamos o mix neste teste, apenas a espatula e força braçal (risos)



O procedimento que utilizamos me foi apresentado a um tempo atras por duas figurinhas a Emilia e a Tati e é conhecido como rebatch, este procedimento é bem simples, trabalhoso mais simples, e resume-se em pegar esta massa que deu problema e leva-la ao fogo (em banho maria) por um determinado tempo (este tempo vai depender do peso da massa) a massa será aquecida e se transformará em um creme.

Falando em bom português a massa vai literalmente cozinhar em banho maria, desta forma ela elimina a essência por evaporação, ao mesmo tempo que elimina o tempo de cura porque neutraliza a solução cáustica, possibilitando o uso do sabão logo após sua secagem.


Nesta técnica temos de mexer durante o processo de cozimento da massa, ao final do processo devemos acrescentar novamente a essência escolhida (a essência que foi colocada antes do rebatch evapora no cozimento da massa) depois é só enforma-lo novamente, desta vez com o auxilio de uma espatula já que a massa vai estar muito mais encorpada.



Esta técnica resulta em um sabão mais macio, porém mais rustico, com o calor a essência evapora e será preciso adiçionar mais essência ao final do processo. Ha quem diga que prefere esta técnica outros já não gostam, mas acho importante ter conhecimento desta técnica para poder salvar seu sabão caso algum dia precise. Eu mesmo já perdi um lote por não saber como fazer para consertar o que havia dado de errado com um dos meus primeiros lotes de sabão. Outra vantagem é que o sabão que passa por rebatch pode ser utilizado logo após sua secagem porque a soda é neutralizada durante o cozimento da massa (para se ter certeza que a soda foi neutralizada durante o cozimento é necessário fazer um teste de pH).





Após esperar por 24h desenformamos nosso sabão, deixamos que ele respirasse por mais 24h e então o fracionamos em três pedaços de aproximadamente 100g cada um e colocados para descansar, não precisam curar o descanso é apenas para perder mu pouco mais de água e ficar um pouco mais rígido, mas já esta pronto para uso.

 PS.: (soube que álcool destrava a massa mas não encontrei nenhuma literatura que explicasse isso de forma clara, caso alguém saiba de alguma coisa referente a isso e queira compartilhar seria ótimo)

Este teste foi feito dia 1 de fevereiro de 2013