sábado, 29 de dezembro de 2012

Teste Lote #5 REBATCH nele!

Estamos aqui mais uma vez para relatar nossos testes, testamos desta vez a essência para Cold (compramos na Empório Aroma). perguntamos se haviam relatos de perda de material, de aceleração do processo químico  etc... a vendedora garantiu que nunca ninguém reclamou! pois sou o primeiro, hehehe... Estamos seguindo o conselho de nosso amigo Roberto e equilibrando nossa receita que estava muito Soft com óleo de palma, palmiste e por minha conta e risco estearina...hehehe...

Fizemos um lote totalmente dentro dos parâmetros aceitáveis com Azeite de Oliva, Óleo de Mamona, Óleo de Palma Refinado, Óleo de Palmiste e Estearina de Palma. Tudo para termos uma barra equilibrada e dura o suficiente para desenformar sem grandes dificuldades mas que garanta uma boa hidratação e uma espuma consistente.

Tudo ia bem até a hora de colocar a essência... bendita hora que não desisti desta ideia e coloquei OEs, mais uma vez a essência acelerou todo o processo como já havia ocorrido no Lote 1, porem muito mais rápido, basta dizer que empedrou, tornou-se solido!!! não consegui nem mexer o mix, a colher, nada!, não deu para fotografar pois foi tudo realmente muito rápido.

Na hora me lembrei que minhas amigas, Tatiane e Emília haviam comentado sobre como se recuperar os sabões usando um método chamado REBATCH que consiste basicamente de dissolver o sabão que tenha apresentado problemas em um percentual de água ou leite, tudo deve ser feito em banho maria, mas segundo Emília (uma amiga que tem ajudado muito) pode ser feito no forno também, tomando os devidos cuidados.

Em poucas palavras, rebatching é o reprocessamento de lote de sabão, por este método você pode ralar o sabão e derrete-lo e a partir dai adicionar cores adicionais, fragrâncias ou aditivos que você esqueceu ou simplesmente queira colocar.

Pense nisso como um sabonete mais rustico, muito embora varias pessoas achem que este método resulta nos melhores sabonetes.

Há duas razões principais para se fazer o rebatch:

1. Para corrigir um lote de sabão que você cometeu um erro (esqueceu de colocar aditivo, cor ou mesmo óleos essenciais)

2. Para usar ingredientes delicados ou temperamental (como alguns esfoliantes naturais ou aromas mais delicados) que não sobrevivem, reagem mal, ou tem problemas com a solução de soda cáustica. 
Fonte: Candle and Soap 
O resultado foi uma massa mais rustica como uma massa de bolo, com muito ar, tive de colocar mais aroma, pois com este processo o aroma que usei é totalmente perdido, a cor ficou muito acentuada acho que pelo tempo que ficou no banho Maria e temperatura mais elevada, mas valeu pelo teste o resultado segue abaixo, acho que vou ralar e incorporar a um projeto de sabonete em um futuro próximo.





Apesar do aspecto a massa apresentou uma dureza muito boa e sua retirada do molde foi bastante fácil, vamos repetir o lote 5 e usar óleo Essencial, tenho certeza que dará certo! A receita esta toda equilibrada e a adição da essência foi a unica falha diagnosticada. 

Aguardem as novidades do próximo lote, creio que por hoje é só!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Lote 4 Teste com Oliva 100%

Seguindo o conselho da amiga saboeira Emilia, fiz um sabão de um único óleo, 100% oliva. os procedimentos iniciais são sempre os mesmos já descritos nos posts anteriores, arrumar bancado com tudo que vai precisar, pesagem de todos os ingredientes, mistura de soda e água deionizada (pode ser mineralizada ou destilada também).

Bem vamos para as novidades, fiz uma caixa de isopor (tipo caixa térmica) sob medida para minhas formas, assim testarei se melhora a fase de liberação e conservação de calor durante o processo de saponificação. continuamos a fazer testes! antes as formas de silicone eram envolvidas por plastico e toalhas a fim de segurar a temperatura durante o processo de saponificação. se der certo será mais pratico para mim porque poderei ocupar menos espaço em produções maiores colocando uma encima da outra sendo assim a depender do resultado do teste fazei mais algumas caixas térmicas.


Mas lembre-se que a massa não pode super aquecer! na fabricação de sabão com aditivos a base de açúcar  mel, chocolate, cravo, etc... o cuidado deve ser redobrado e não sei se a caixa térmica será uma boa opção, talvez possa usar mas sem tampar, assim o calor será dispersado melhor, mas só saberei isso fazendo um teste é claro! mas vamos deixar este teste mais para frente.

Fiz o traço com mais cuidado, fui mais observador e cauteloso, alternei varias vezes o uso do mix, hora pulsando, hora simplesmente mexendo com ele desligado.



Apos ter um traço consistente (porem ainda fino) levei a mistura para as formas cuidadosamente. Tomei um cuidado especial para que todas as cavidades fossem preenchidas, desta forma não perco os detalhes presentes em meu molde de silicone.





Sobrou um pouco de massa que terminei usando em uma forma de PET (que deve estragar como as outras por conta da soda).



Tudo pronto, deixarei em repouso pelos próximos 4 dias antes de desenformar. Este poste foi feito entre o processo inicial e final deste lote, hoje desenformo as duas barras que fiz (aproximadamente 300g cada uma). Apos 12h o sabão ainda dispersa calor, como podemos ver esta na fase gel



Tive de viajar, passei alguns dias fora e ao todo o sabão ficou na forma por longos 6 dias (144 horas) ao chegar fui conferir. A fase gel havia acabado, o sabão estava firme (mas não tão duro quanto eu esperava) apresentava uma cor uniforma puxando para o verde do azeite.

Devo admitir que senti medo de desenformar, o sabão ainda estava bem maleável e achei que não ficaria muito bom ao ser desenformado, mas como estamos fazendo testes resolvi tentar desenformar uma das formas, bem desenformei metade e realmente o sabão ainda estava muito mole, ou o molde não esta dando certo! (tenho de levar esta hipótese em consideração).


como não desistimos assim facilmente aproveitamos para testar outra técnica para desenformar o sabão O RESFRIAMENTO.

Esta técnica consiste basicamente em se resfriar o sabão para que ele se torne mais rígido e assim possa ser desenformado mais facilmente! simples né? basta levar a geladeira ou congelador esperar alguns minutos e desenformar!!! simples assim, porem isso acarreta algumas consequências e cuidados extras apos a retirada dos sabões resfriados da forma, mas o resultado melhorou muito.


A primeira delas é manusear o minimo possível o sabão pois ele ficará marcado, geralmente ele vai suar, e a depender da temperatura ambiente e umidade pode suar muito, o tempo de cura deve ser maior pelo menos 50% a mais ou seja no minimo 45 dias. Este tempo será destinado a perda de água que o sabão precisará para o equilíbrio entre a solidez e a maciez. Isso acontece porque quando levamos o sabão para o resfriamento ele termina absorvendo água e vai precisar eliminar este excesso aos pouco através da vaporização a temperatura ambiente. Por isso se usar este artifício para desenformar seu sabão terá de ter mais paciência e aumentar seu tempo de cura.


Antes de colocar os sabonetes em caixas escuras para o tempo de cura, pesei os sabonetes um a um para ao final do processo fazer nova aferição e ver o percentual da perda de água, a media foi de 103g (barra com três sabonetes). Acredito que perca em torno de 5% a 9% do peso inicial (vamos esperar para conferir)


Este lota estará liberado para uso só em meado de fevereiro, mas decidi que só farei teste com água no inicio de março, quando isso acontecer darei as especificações de sua hidratação, maciez, quantidade e densidade da espuma, limpeza e demais sensações durante seu uso.

Acho que por hora é isso, mas já fiz mais dois testes que irei postar nos próximos dias, com os acertos e erros de cada um.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Porque devemos manter nosso sabão aquecido apos sua fabricação?


Apos colocar o seu sabão na forma para descansar e sofrer o processo de saponificação ele entra na fase GEL, horas se passam e o sabão ainda dispersa calor, como podemos ver esta na fase gel, mas o que é esta tal FASE GEL? É simples, todo sabão feito pelo método a frio (Cold Process) sofre uma reação quinica entre a solução caustica e os óleos produzindo calor.

Este aquecimento deve ser uniforme por isso devemos envolver o sabão com toalhas, cobertores, plásticos  papelão ou qualquer outra coisa que ajuda a reter este calor. Caso isso não seja feito ou seja se você não isolar termicamente seu sabão ele vai perder calor naturalmente, sempre das extremidades para o centro e o processo de saponificação será prejudicado. (a falta de isolamento não impede a saponificação, ela simplesmente ocorrerá de forma mais lenta e resultará em um sabão que pode apresentar manchas na sua coloração ou ser menos resistente ou se preferir mais cremoso.

Algumas pessoa tentam impedir a fase gel do sabonete exatamente para obter esta cremosidade, dizem ainda que as cores ficam mais vivas (a depender do corante utilizado) e o aroma mais persistente. Pretendo fazer um teste futuramente para ver como isso funciona.

Mas é importante estar atento ao isolamento térmico do sabão, isso vai garantir um processo de saponificação mais eficiente, preservando e distribuindo o calor de forma uniforme por toda a massa, por isso mesmo fiz umas caixas de isopor para tentar reter este calor de forma uniforme em meus moldes (estará no próximo post).

Se o sabão aquecer de forma desigual podemos ter o que se chama de GEL PARCIAL, onde a perda de calor (geralmente nas extremidades da forma) deixando o sabão com uma mancha de forma oval no centro do sabão, isso se deve porque o sabão retem mais calor no centro, assim as bordas vão ser resfriadas enquanto o centro continuará aquecido. como resultado se seu sabão for deixado sem isolamento as arestas do seu sabão podem não alcançar a fase gel enquanto o sabão do meio alcançará.

Um GEL PARCIAL não oferece nenhum perigo para o sabonete, mas pode trazer um aspecto menos atrativo para seu produto final, principalmente se tiver em mente um sabão de cor uniforme ou até mesmo um sabão com mais de uma cor ou efeitos coloridos.

Falamos, falamos e a que conclusão chegamos? A fase gel é onde o sabão ganha dureza, rigidez e isso acontece muitas vezes de forma parcial ou desigual se o calor não for uniforme ou se não houver isolamento térmico, resultando em um sabão com manchas ou mais mole ou se preferir mais cremoso.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Proximo lote, sabonete de Castela 100% Azeite de Oliva


Ando meio sumido né? Que nada! Apenas resolvi fazer tudo como manda o figurino e começar pelo começo! Não sabe qual é o começo? Eu também não (risos) mas vou começar por um sabão que não exija misturas de óleos.

O eleito foi o famoso sabão de Castela um sabão feito com 100% de azeite de Oliva, água e soda, nada mais (Lembramos a todos que estão começando que a Soda Cáustica é um produto altamente corrosivo que em contato com a água sofre uma reação química que eleva a temperatura a mais de 80 graus o que pode causar graves queimaduras, por isso deve ser manuseada com luvas e óculos de proteção) .


O sabão de Castela é um sabonete natural à base de óleo de oliva. É de cor branca e pode ser encontrado como uma barra sólida ou em sabão líquido. O sabão de Castela não é um sabão moderno ou dos dias atuais. As pessoas começaram a usá-lo já no século 16. Este sabonete tem o seu nome "Castilla", porque foi feito pela primeira vez em Castilla região de Espanha com o azeite local e foi nomeado "Jabón de Castilla".

A singularidade do sabão de castela encontra-se do facto de que não conter qualquer gordura animai, que estão presentes em outros sabões. Os principais ingredientes de um sabão de castela são: azeite de oliva e um pouco de cinza vegetal (que no nosso caso será substituído por Soda Cáustica).

Ele não contém quaisquer produtos químicos, sob a forma de detergentes, pigmentos ou corantes. Por isso quando os resíduos de sabão de Castela entram na corrente de águas residuais, não causa nenhuma poluição ambiental pois não há substâncias tóxicas na mesma (ele é biodegradável) .

O azeite é uma fonte rica em ácidos graxos monoinsaturados. Este ácido gordo promove a produção de prostaglandinas no corpo, que têm um papel importante na melhoria da textura de nossa pele. Tem qualidades hidratantes naturais que hidratam profundamente a pele. Por estas razões, este sabão é indicado para todos os tipos de pele, sobretudo para prevenir ou restaurar a pele sem brilho ou seca. 

O Sabão de Castela tem um efeito muito suave para na pele. Portanto, pode ser utilizado com segurança por pessoas que têm pele sensível ou alergias. É adequado para pessoas que têm sensibilidades dermatológicas, como eczema, rosácea e psoríase porque este sabonete não vai irritar a pele. Como o sabão de Castela não tem qualquer componente químico, você pode usá-lo como sabonete para bebês sem medo de efeitos prejudiciais para a pele deles.

O sabão de Castela pode e deve ser incluído nos seus cuidados diários com a pele facial. Ele contém uma quantidade elevada de antioxidantes, que vão prevenir a degeneração das células da pele. Assim, pode retardar o aparecimento de rugas e outros sinais do envelhecimento. Limpa a sujeira e oleosidade acumulada nos poros da pele sem resseca-la.

Seu uso regular, devido as propriedades antioxidantes deste sabão provaram ser úteis na remoção de marcas de acne.

Como podemos ver o sabão de Castela é excelente porem requer alguns cuidados na hora de seu feitio, esteja atento a higiene de todo material de apoio (vasilhas, misturadores, formas) para evitar contaminação bacteriana, se possível vale tudo com álcool pouco antes de usar. Ressaltamos a necessidade de algum conservante e antioxidante que pode ser natural ou sintético nas proporções indicadas pelo fabricante. Com estes cuidados teremos um sabão livre de ataques de bactérias ou fungos, dando maior durabilidade ao sabonete após sua fabricação.

Estamos esperando exatamente isso, a chegada de produtos que vão ajudar a conservar nosso sabonete por muito mais tempo.

Alguns fabricantes deste sabonetes deixam eles curando por meses, ou até por anos, a fim de ter um sabonete superior. Deve-se deixar a massa descansar pelo menos por 4 dias antes de pensar em desenforma-lo, de resto é aproveitar o banho e se deliciar com estas pequenas joias.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Equilíbrio entre os óleos


Meu ultimo teste (no lote três) mostrou a minha falta de conhecimento em relação aos óleos e me fez pesquisar as características químicas e físicas de alguns óleos utilizados na confecção de sabão para que no próximo teste eu consiga um resultado mais satisfatório e dentro do que eu desejo.

O que significa um óleo duro (hard) ou um óleo macio (soft) ou ainda o quem vem a ser um óleo frágil ou quebradiço?

Nas minhas primeiras experiências fazendo sabão com processo a frio (Cold Process) descobri na pratica que o que parece simples na verdade reque muito cuidado e uma grande parcela de bom censo.


Não basta escolher ós óleos que encontramos facilmente em um supermercado, mercearia da esquina ou mesmo os que temos em nossa dispensa, muito menos devemos escolher os óleos que mais gostamos ou achamos que são bons. No processo de escolha dos óleos devemos pesquisar antes de mais nada quais são as propriedades de cada óleo, sim cada óleo tem uma ou mais propriedades que vão agregar ao seu sabonete qualidades como: quantidade de espuma, maciez, hidratação, resistência e durabilidade.

Os óleos estão divididos em três tipos: duros, macios e frágeis, o equilíbrio entre estes óleos são essenciais para se ter um bom sabonete (existem algumas exceções como o sabonete 100% azeite de oliva ou com concentrações muito elevadas de determinado óleo, mas na regra geral há um equilíbrio entre eles.)


Os óleos macios:

São geralmente óleos líquidos em temperatura ambiente, tais como o azeite de óliva, óleo de rícino, de amêndoa doce, de farelo de arroz, etc ... Como regra geral, sabonetes feitos a partir de alta percentagem destes óleos terá como resultado final uma barra de sabão mais macia e suave. (A única exceção a esta regra é o azeite. Sabão feito a partir de uma alta porcentagem de óleo de oliva manterá a suavidade mas será um sabonete rígido, mas para isso precisará de um tempo maior de cura.)



Óleos rígidos:

São os óleos, gorduras e manteigas que na maioria das vezes se apresentam na forma solida ou pastosa em temperatura ambiente, tais como, óleo de palma, banha, sebo, óleo de coco, manteiga de cacau, manteiga de karité ou o óleo se soja hidrogenado entre outros. Óleos “duros” fazem uma barra de sabão mais resistente e dura.

Óleos frágeis ou quebradiços:

São os óleos que geralmente são sólidos em temperatura ambiente, mas exigem algum aditivo gorduroso para serem usados, podem causar rachaduras nos sabonetes se usado em grandes quantidades. Estes geralmente incluem o óleo de amêndoa de palma e manteiga de cacau. Apesar do nome os óleos frágeis fazer uma barra de sabão muito resistente e dura.

Como foi citado acima cada grupo de óleos apresentam características distintas e devem ser usadas de forma a tirar o máximo de proveito de suas qualidades, um bom sabonete tem que ser resistente a água, fazer espuma cremosa e consistente, limpar e hidratar a pele sem agredi-la. Por isso o percentual de cada óleo a ser usado deve ser estudado com calma levando sempre em consideração as suas características e qualidades.

Aqui estão algumas regras gerais quando se fala sobre porcentagens entre óleos macios, duros e quebradiços em sua receita.

Óleos duros e quebradiços ou  frágeis

Sabão feito com percentagens mais elevadas de óleos duros e quebradiços terá como resultado um sabão mais fácil de desenformar e muito resistente a água. Estes sabonetes se tornam rígidos mais rápido do que sabonetes feitos com altas porcentagens de óleos macios. Por apresentarem esta característica são mais difíceis de se trabalhar com misturas de cores ou efeitos de redemoinho ou marmorizado. São ideais para serem usados em formas que tenham detalhes em alto ou baixo relevo, porem exigem cuidado na hora de se atingir o “traço” o ideal é que esteja entre 37 e 42 graus.

Óleos leves

Sabões feitos com percentuais mais elevados de óleos leves tendem a ser mais macios e pegajosos principalmente na moldagem é indicado deixá-los no molde pelo menos durante 48h antes de tirar ele da forma e fazer o corte, estes sabonetes geralmente são menos resistente a água se dissolvendo mais rápido.

Se você estiver usando moldes mais complexos uma dica para desenformar mais facilmente é resfriar o sabonete antes de desenforma-lo, você pode até tentar congelá-los para endurecer o suficiente para fazer o desmolde com maior facilidade.

Sabão feito com óleos suaves como o óleo de oliva, especialmente, apresentará um traço mais liquido e lento. Isso os torna perfeitos fazer misturas de cores ou efeitos. Você tem mais tempo para colorir e testar efeitos com esta massa de sabão.

Mas lembre-se que fazer testes, errar, pedir ajuda e pesquisar fazem parte da aquisição por conhecimento, na pratica muita coisa muda.

A teoria nos indica o caminho mais seguro, enquanto a pratica determina o destino independente do caminho.

Todos estes conhecimentos foram frutos de erros com meus primeiros três lotes de sabão, onde o primeiro ficou muito grosso (porem com um resultado satisfatório), o segundo foi um completo fracasso (acredito que pela adição de essência não indicada) e o terceiro ficou muito macio o que acarretou problemas na hora de tirar dos moldes. Como pode ver os erros me levaram a adquirir maior conhecimento, mesmo tendo pesquisado muito antes de decidir fazer meu primeiro sabão cometi erros por não conhecer na pratica o processo.

Espero que tenha ajudado, acho que por hoje é isso.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Óleo de Palma Refinado e Palmiste

Finalmente conseguimos o Óleo de Palma e o Palmiste, com isso vamos resolver (pelo menos espero que resolva) o problema de fazer sabonetes apenas com soft Oils, com a incorporação deste Hard Oil em nossas formulações vamos melhorar a solidez de nossos sabonetes e resolver o problemas de desmolde que aconteceu em nosso terceiro lote.

O óleo de Palma que conseguimos é produzido aqui mesmo na Bahia, e no caso do lote que adquirimos destinado a exportação, trata-se de um óleo quase dourado, um amarelo ouro por assim dizer. Este lote não sofreu nenhum processo de branqueamento por isso a cor amarelada, é mais comum encontrarmos o óleo bem mais claro no mercado, exatamente o óleo refinado que passa pelo processo de branqueamento. Preferi o óleo sem este tratamento, alem de ser ainda mais natural acrescentará uma cor belíssima a nossa massa de óleo.




No Brasil, a planta que fornece o Óleo de Palma é a própria Palma, também chamada de “Palmeira do Dendê“. Já o Óleo de Palma é chamado de “Azeite de Dendê”, “Azeite de Dendém” ou “Óleo de Palma” mesmo. A Palma é a única oleaginosa da qual se pode extrair dois tipos diferentes de óleos bem distintos: da polpa (mesocárpio) se extrai o Óleo de Palma e da amêndoa se extrai o Óleo de Palmiste.

Ainda não recebi o palmiste que chega com o restante do óleo na próxima terça-feira. Estamos escolhendo também alguns óleos essenciais para nossos próximos testes, além de estarmos preparando algumas infusões com alecrim, jasmim e alfazema para futuros testes.

Estamos ainda pesquisando algumas argilas, também para testes futuros. A pesquisa tem sido incessante para adquirir novos conhecimentos e a troca de experiencia tem enriquecido muito todo este processo.

A proposito tive de adquirir uma quantidade grande de Óleo de Palma e Palmiste e posso disponibilizar parte dele para quem estiver interessado pelo mesmo custo que tive (na foto acima ele esta em garrafa de 500ml mas o que temos apesar de ser o mesmo óleo esta em embalagem de 5 litros). 

Este óleo esta disponível para venda em nossa loja virtual, para adquiri-lo basta seguir o link:
Link Para Compra: Óleo de Palma Orgânico

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Teste lote #3, problemas de uma formula com muitos óleos softs.

Enfim estamos prontos para mais um teste, porem desta vez estamos com todos os produtos adequados para que o resultado final seja no minimo satisfatório (claro que esperamos que seja espetacular, mas vamos com calma).

Já estamos com os Óleos Vegetais, Óleos Essenciais, Soda e tudo mais que já é de costume. Desta vez reduzimos os óleos para termos ao final uma massa de aproximadamente 600g (duas formas de silicone que fabricamos) assim os teste não serão tão dispendiosos.

Foi usado:

  •  Óleo de Canola
  •  Óleo de Mamona
  •  Óleo de Coco
  •  Azeite de Oliva
  •  Água Deionizada
  •  Soda Cáustica
  •  OE de Laranja Doce
  •  OE de Canela
  •  Mel 

Óleos e solução cáustica devidamente misturados, partimos para repetir o ultimo teste. Pigmentamos metade  da massa com Dióxido de Titânio, na outra metade deixamos a cor natural dos óleos, mas sabemos que no final a massa ainda vai clarear bastante, como se trata de teste vamos ver como vai ficar ao final do processo.

Usaremos uma sinergia de Óleos Essenciais proposta pelo amigo Rishi, um indiano muito simpatico e prestativo que sugeriu uma sinergia entre Laranja, Canela e Mel.

Também usamos um pouco de Manteiga de Karité, já que é pra fazer teste vamos testar tudo, mas não fizemos isso aleatoriamente, obedecemos a todos os critérios para obter ou tentar obter um sabonete equilibrado, dentro das especificações de nossa calculadora para ter uma correlação entre Dureza, Cremosidade, Espuma, etc...


Pudemos ver que todo o processo andou como de costume até a hora de colocar a essência  desta vez seguimos o ensinamento de nosso amigo Akira e optamos por usar Óleos Essenciais, a diferença foi que a massa não sofreu nenhuma alteração física, continuou na mesma consistência o que nos proporcionou um tempo maior de trabalho, alcançamos o traço e colocamos a massa nas formas de silicone, a consistência continuava boa como um mingau, muito fácil de trabalhar, enrolamos em um filme e deixamos a massa descansar.

Fizemos isso tudo ontem a noite, hoje pela manhã demos uma olhada e estava tudo bem, o processo esta em andamento, a saponificação esta fazendo com que a consistência fique mais firme (na verdade já esta quase totalmente solido, creio que a noite esteja pronto para desenformar.


Se passaram 24h desde i inicio do processo e notamos alguns aspectos que valem ser relatados, ao tirar o plastico que envolvia as formas notamos presença de óleo nas laterais e base da bandeja onde as formas descansaram durante o processo de saponificação, (dava impressão que haviam suado) tinha o suficiente para recolhermos em um pequeno pratinho cerca de 5ml.




Mais um aprendizado, quando desenformamos, apesar da massa aparentar estar pronta para ser desenformada, houve perda me muitos detalhes, podemos notar que a parte inferior não estava tão dura a ponto de permitir o desmolde de forma satisfatória, mas como temos duas formas vamos esperar mais 24h para desenformar a segunda e ver o que acontece.





Esperamos quase 72h mas não adiantou muita coisa, na verdade não adiantou nada! ao desenformas perdemos muitos detalhes, assim como já havia acontecido com a primeira forma desenformada 48h atras.





Mais uma vez matamos alguns neurônios e relatamos o ocorrido a alguns amigos saboeiros mais experientes e uma das possibilidades e acho que a mais plausível é que na mistura de óleos do lote três faltava um Hard Oil ou seja o óleo que da solidez ao sabão, no caso o óleo de palma ou palmiste por exemplo. Como nossa mistura no lote três estava com uma concentração muito alta de Soft Oil (óleo mais macio) o resultado final foi uma barra de sabão muito macia, isso impossibilitou o desmolde de forma satisfatória e perda de detalhes em nossa forma de silicone que tem detalhes em relevo, talvez em uma forma lisa venha a funcionar bem, vale a pena fazer um teste.

Mais um aprendizado importante o equilíbrio entre óleos, vou pesquisar e posto alguma coisa sobre o assunto e posto aqui. 

Em quatro semanas vamos ver como ele se comporta na água durante o banho.

Acho que por hoje é isso.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

De volta ao Lote 2 (problemas resultantes da adição de essência no sabonete)

Nosso segundo lote de sabão foi um desastre, ia tudo bem ate decidirmos testar a adição de essência e estragar tudo, pois bem, mantive a massa deste teste ate hoje nas formas, mas, como ia precisar das formas resolvi dar uma olhada.

Só para recordar a massa sofreu uma reação química que (aparentemente) acelerou o processo de saponificação deixando a massa muito grossa o que impossibilitou que a colocássemos nas formas de forma adequada ( post: Não use qualquer essência na produção de sabão )

Para minha surpresa hoje (três dias depois) a massa estava mole, não sei exatamente o que aconteceu (se alguém souber e poder explicar eu agradeço), pensei em jogar tudo fora afinal não deu muito certo, porem resolvi fazer exatamente o oposto, coloquei tudo em vasilhas e vou acompanhar o que vai acontecer dia apos dia, não sei se vai secar ou mesmo ressecar, o fato é que quero ver, saber e entender o que vai acontecer com esta massa.





volto a ver como ela esta daqui ha algum tempo e volto a relatar aqui.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Enfim Óleos Essenciais

Mais um paço dado, compramos alguns Óleos Essenciais, não encontramos uma grande variedade mas mesmo assim deu para escolher alguns.

Laranja, Limão, Canela Folhas, Menta Piperita, Alecrim e Jasmim foram nossas aquisições. O próximo desafio é saber um pouco mais sobre cada uma delas para então decidir o que fazer. Falei com um amigo indiano que me deu uma receita de fragrância muito usada por lá que ( 2 parte de laranja, 1 parte de canela e uma parte de mel ) como não temos uma variedade grande de óleos vou tentar no próximo lote de sabonete usar esta fragrância gentilmente cedida por ele.



Decidi que vou fazer uma compra em SP onde encontrei uma diversidade maior de Óleos Essenciais OE, aproveitarei para comprar alguns pigmentos a base de mica fara fazer alguns testes. O que percebi foi que os aromas dos Óleos Essenciais são bem mais sutis que as essências que costumo usar no método a quente, assim como a quantidade de pigmento que tem que ser maior (fiz um teste com a cor laranja em nosso primeiro lote de sabonete que esta em um post anterior.) preciso treinar meu olfato para esta nova realidade, assim como preciso ampliar meu horizonte de conhecimento dentro da aromaterapia e suas sinergias.

Existe uma responsabilidade muito grande ao se misturar estes óleos, afinal eles vão exercer uma serie de influencias sobre nosso bem estar e ao contato com a pele cada um desses óleos aplicará suas propriedades sobre quem o estiver usando.

Bem agora vou me preparar para mais um teste, fazendo mais um lote de sabonete, ainda não consegui o óleo de palma me sugerido pelo novo amigo e praticamente um consultor AKIRA, mas estou tentando, pelo visto terei de comprar fora e mandar entregar aqui via transportadora.

Se alguém puder indicar onde posso adquirir óleos essenciais vou agradecer muito.

acho que por hoje é isso, aguardem o novo teste que devo fazer amanhã com os Óleos Essenciais.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Não use qualquer essência na produção de sabão pelo processo a frio / Cold Process / LOTE 02

Hoje foi um dia de aprendizado, acertamos algumas coisas e erramos outras tantas, nesta fase de testes nada deve ser descartado devemos fazer tudo, pois é na pratica que realmente se passa a entender o processo do sabão feito a frio ( Cold Process ) de forma mais clara.



Como sempre organizamos nossa área de trabalho com tudo o que vamos precisar: Óleos, Água, Soda devidamente pesados (neste teste usei uma concentração de água maior que a sugerida pela minha calculadora de Lixivia, foi usada uma concentração de 3x1, queria uma massa mais liquida para tentar fazer um marmorizado branco e creme.

Podemos observar também que apesar de termos um total de 1000g de óleo (lembre-se tudo tem que ser pesado, inclusive os líquidos) temos um pouco mais de 1140ml de óleos assim podemos ilustrar que as unidades de medidas são bastante diferentes.


Não aceleramos o esfriamento da nossa solução caustica, e deixamos para aquecer os óleos quando a temperatura de nossa lixivia estivesse em torno de 40 graus, deixamos os óleos com 40 graus.


Hoje testamos a adição de Dióxido de Titânio em nossa formulação ou receita, como preferir, usamos uma concentração de 5g por kg de óleo. O resultado foi uma massa muito clara quase sem traços de amarelo ou verde que são as cores provenientes dos óleos. Uma observação, o DT foi encorporado aos óleos antes da adição da solução cáustica, assim pude obter uma mistura bastante homogênea.



Ate ai tudo estava indo bem! Ai resolvi testar a adição de essência para substituir o Óleo Essencial (bendita hora que tive esta ideia) , como já relatei antes aqui testaremos tudo o que for possível buscando sempre o acerto, mas nunca esconderemos nossos erros, desta forma evitaremos erros futuros e enriqueceremos nosso conhecimento dentro da saboaria artesanal. Voltemos a nosso relato, escolhemos uma essência e optamos por uma concentração de 7% em relação a soma dos óleos (70 ml).


Quando adicionamos a essência em nossa mistura houve uma reação química muito interessante, a essência funcionou como uma especie de catalizador, engrossando a mistura em uma velocidade assustadora, é como se estivesse jogando sumo de limão dentro de um pote de leite fresco, a impressão visual é exatamente essa, ela cortou a mistura e não se incorporou totalmente endurecendo a mistura a ponto de não conseguirmos enforma-la. Outras alterações que podem acontecer são: a essência virar um solvente impedindo que a massa finalize o processo de saponificação, separação dos óleos da solução cáustica (informações colhidas em relatos feito por pessoas em vários blogs, não citarei nomes pois não consegui as devidas autorizações) 
                   

Mesmo assim literalmente jogamos na forma quase de qualquer forma e nos colocamos a refletir sobre o que teria ocorrido. Fui pesquisar e achei em: site informações sobre o que tinha ocorrido.

Isso acontece devido a presença de álcool na essência o que acarreta exatamente o que foi descrito acima, foi tão parecida que deduzo que o mesmo aconteceu com ele (hehehe), bem como disse foi um dia de aprendizado, aprendi que posso clarear minha massa com DT numa proporção de 5g por kg de óleo e que não devo usar essência para produzir sabão pelo processo a frio (Cold Process) fica o aviso para quem estiver começando não cometer o mesmo erro. Dê preferencia a Óleos Essenciais, se optar por essências procure as que sejam indicadas pelo fabricante para Cold Process.



Vou comprar os Óleos Essenciais (OE) e repetiremos o teste com o Dióxido de Titânio  depois é claro postaremos tudo aqui.

Acho que por hoje é isso.

Todos os demais produtos mencionados nesta postagem disponível para venda em nossa loja virtual, para adquiri-lo basta seguir o link: